Arquidiocese de Braga -

20 agosto 2024

XXI Domingo do Tempo Comum | B

Fotografia

“Nós acreditamos e sabemos que Tu és Santo de Deus”

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo floral com a frase: “nós acreditamos!”.

 

Sugestão de cânticos

[Entrada] Vinde, prostremo-nos em terra – Az. Oliveira

[Apresentação dos dons] A quem iremos, Senhor – A. Cartageno

[Comunhão] Senhor, eu creio que sois Cristo – F. Silva

[Final] A vida só tem sentido – H. Faria

 

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações para o Domingo XXI do Tempo Comum 

[Prefácio] Prefácio Dominical III do Tempo Comum 

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

[Bênção] Oração de Bênção sobre o povo 22

 

Catequese Mistagógica

Santo

A celebração da Eucaristia é o coração da vida cristã, o ponto culminante do encontro entre Deus e seu povo. No centro desta celebração está um hino de louvor, o “Santo” também conhecido como “Sanctus”, que nos une ao cântico celestial dos anjos. Este momento da Eucaristia convida-nos a entrar num mistério profundo: a santidade de Deus e a comunhão dos céus e da terra na celebração litúrgica.

O “Santo” está profundamente enraizado na Sagrada Escritura e na tradição litúrgica da Igreja, e é entoado pela assembleia durante a Oração Eucarística, logo após o Prefácio. Através dele, os fiéis unem-se ao coro celestial dos anjos, e proclamam a santidade de Deus e reconhecem a sua glória infinita. Assim, a celebração da Eucaristia torna-se uma antecipação do banquete celestial, que prefigura a comunhão eterna com Deus.

A repetição da palavra “Santo” três vezes não é apenas uma questão de ênfase, mas uma declaração teológica da infinidade da santidade de Deus. Esta santidade é vista como uma das qualidades essenciais de Deus, que é completamente outro, separado de tudo que é imperfeito. Ao proclamarmos “Santo, Santo, Santo”, reconhecemos a transcendência de Deus.

Este cântico / oração é também uma preparação espiritual para o mistério que se segue: a consagração do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e Sangue de Cristo. Ao cantarmos / rezarmos o “Sanctus”, somos chamados a abrir os nossos corações ao mistério da presença real de Cristo na Eucaristia. Este momento litúrgico impele-nos a uma profunda reverência e a um sentido de maravilha perante o amor de Deus manifestado na Eucaristia.

O “Santo, Santo, Santo” ensina-nos várias verdades fundamentais da fé cristã. Primeiramente, lembra-nos da transcendência e imanência de Deus. Apesar de Deus ser infinitamente acima de nós, na Eucaristia, Ele torna-se presente de maneira real e tangível. Este cântico / oração afirma também a comunhão dos santos, uma vez que nos juntamos às hostes celestiais na adoração de Deus. Finalmente, é um convite à santidade pessoal; ao proclamar a santidade de Deus, somos chamados a aspirar à santidade nas nossas vidas diárias, procurar a conversão e o crescimento espiritual contínuo.

Para viver plenamente o significado do “Sanctus” na Eucaristia, é importante participar deste cântico / oração com consciência e reverência, reconhecer a presença de Deus e a importância deste momento. A união com a comunidade é também essencial, pois recordamos que a nossa adoração é parte da adoração contínua de toda a Igreja. Ao proclamarmos “Santo, Santo, Santo”, somos chamados a imitar a santidade de Deus nas nossas vidas, permitindo que a Eucaristia transforme e nos envie como discípulos no mundo.

Em conclusão, o “Santo” é mais do que um simples cântico / oração litúrgico; é um momento de profunda comunhão com o divino, onde reconhecemos a majestade de Deus e nos unimos ao coro celestial. Cada vez que participamos da Eucaristia, somos convidados a tornar este cântico / oração uma expressão sincera da nossa fé, adoração e amor por Deus. Que ao entoarmos / rezarmos o “Sanctus”, possamos sempre lembrar-nos de que estamos na presença do Deus Altíssimo, unidos como uma só Igreja em louvor eterno.

 

Introdução ao espírito celebrativo

Antes de iniciar o cântico de entrada, um leitor fará a seguinte admonição, para introduzir a assembleia no espírito da celebração:

Bom dia. Hoje celebramos o Domingo XXI do Tempo Comum.

Hoje, somos convidados a refletir sobre as escolhas que fazemos. Somos lembrados de que podemos gastar a nossa vida a seguir valores sem significado ou, ao contrário, investir em valores eternos que dão sentido verdadeiro à nossa existência. Deus mostra-nos o caminho, mas a decisão final cabe a cada um de nós.

Assim, cada um de nós deve perguntar-se: posso afirmar a minha fé com as palavras de Pedro de forma sincera? Se a resposta for “sim”, terei nos próximos dias a coragem de testemunhar essa fé a alguém que duvida, está em busca, ou contesta a fé cristã?

De pé, celebremos com fé, envolvidos pelo amor de Deus! 

 

Evangelho para os jovens

Quem já parou para pensar nas escolhas que faz todos os dias? No Evangelho de João 6, 60-69, Jesus afirma algo radical, que faz muitos dos seus discípulos irem embora. Mas Pedro faz uma escolha diferente: ele decide ficar. Quando Jesus pergunta se eles também querem partir, Pedro responde com confiança: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”.

Pedro não entendia tudo, mas sabia que Jesus era a única fonte de verdadeira vida e sentido. Assim como Pedro, nós também enfrentamos momentos de dúvida e incerteza. Muitas vezes, o mundo oferece caminhos mais fáceis, mas que não preenchem o nosso coração.

Nesta semana, desafiamos-te a fazer uma escolha: escolher seguir Jesus, mesmo quando for difícil. Escolhe confiar n'Aquele que tem as palavras que realmente importam. Se tu estás à procura de um propósito, alegria e vida em plenitude, Jesus é o caminho! Então, vamos juntos assumir esta missão? Compartilha esta mensagem de vida com alguém que a precisa de ouvir. Lembra-te de que, quando escolhemos seguir Jesus, nunca ficamos dececionados. Ele é a verdadeira fonte de amor e esperança.

 

Oração Universal

V/ Irmãos e irmãs: oremos ao Senhor, fonte de vida, que protege e livra das angústias os que n’Ele confiam, e apresentemos-Lhe as necessidades de todas as pessoas, dizendo, cheios de confiança:

R/ Não nos abandoneis, Senhor.

1. Pelo Papa Francisco, sinal visível da unidade na Igreja, para que proclame, diante de todas as pessoas, as palavras de vida eterna de Jesus, oremos, irmãos. 

2. Pelos governantes de todos os povos e nações, para que a sua sabedoria e honestidade fortaleçam a justiça e a concórdia na sociedade civil, oremos, irmãos. 

3. Pelos que procuram a verdade que os pode salvar, para que, em Cristo e no seu Evangelho, possam descobrir a resposta às suas inquietações, oremos, irmãos. 

4. Por todos os nossos parentes e amigos, para que tenham saúde do corpo e da alma e vivam sempre segundo a vontade de Deus, oremos, irmãos. 

5. Por todos os casais da nossa Arquidiocese, para que as esposas sejam o encanto dos seus lares e os maridos as amem como Cristo amou a Igreja, oremos, irmãos. 

V/ Senhor, nosso Deus, fonte e origem de todos os bens, não permitais que nos escandalizemos com as palavras sinceras do vosso Filho nem nos envergonhemos de sermos seus discípulos. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R/ Ámen.

 

 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

Jesus dissera: “a minha carne é verdadeira comida”, mas, depois, afirma: “o espírito é que dá vida, a carne não serve de nada”. São Paulo escrevia: “a letra mata, mas o Espírito vivifica”. As letras são apenas sinais gráficos que, se não forem informados pelo Espírito Santo, no sentido próprio, podem tornar-se veículos de morte. De facto, os judeus conduziram o Verbo de Deus à morte, pensando serem fiéis à letra da Lei. Do mesmo modo, a matéria, por si só, nada vale, mas, repleta do Espírito Santo sobre a qual Ele é invocado, torna-se verdadeira comida, pela qual recebemos o Espírito que nos santifica. Assim, a carne de Cristo é verdadeira comida, não por ser carne, mas por ser carne repleta do Espírito e, assim, penhor de vida eterna.

 

 

Sair em missão

Pedro não compreendia plenamente as palavras de Jesus sobre o Pão da Vida, mas escolheu segui-l’O e confiou n’Ele sem reservas; acreditou que as suas palavras e os seus gestos eram de vida. Mesmo diante de dúvidas e negações, Pedro permaneceu fiel àquele que promete vida eterna. Nesta semana, somos chamados a seguir o seu exemplo e a fortalecer a nossa fé em Cristo. Que tenhamos a coragem de testemunhar a nossa fé a alguém que duvida ou contesta a fé cristã.


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B_Comum_21.doc

Pão na Palavra