Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo floral, contendo a frase: “tudo o que faz é admirável”.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Eu confio, Senhor, na Vossa bondade – F. Silva

[Apresentação dos dons] Aceitai, Senhor, a nossa alegria – M. Carneiro

[Comunhão] Quero cantar o Vosso nome – A. Cartageno

[Final] Desde toda a eternidade – P. Décha / M. Carneiro

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações próprias do Domingo XXIII do Tempo Comum

[Prefácio] Prefácio da Oração Eucarística para as diversas necessidades IV

[Oração Eucarística] Oração Eucarística para as diversas necessidades IV

[Bênção] Bênção solene do Tempo Comum I

Catequese Mistagógica

Prefácio

A Eucaristia é a ação de graças por excelência pelas maravilhas que Deus realiza em favor do seu povo, quais sinais do Reino de Deus a acontecer. Em vários momentos da celebração se expressa o motivo de gratidão de forma mais clara. Um desses momentos é o prefácio. “Em nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou por algum dos seus aspetos particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico” (IGMR 79a). 

O prefácio inicia com um diálogo entre o presidente da celebração e a assembleia. Depois, prossegue com os motivos de gratidão pelos quais todos são convidados a glorificar a Deus. Termina com uma referência à comunhão com a Igreja triunfante, pois nessa plenitude eclesial se pode aclamar a santidade de Deus com o canto do “Sanctus”. Este elemento litúrgico pode e deve ser cantado pela própria natureza do seu conteúdo.

Evangeliário

Valorize-se o Evangeliário como sinal da Palavra de Deus que se faz presente na vida das pessoas, como anúncio e realização do Reino de Deus em pessoa, que é Jesus Cristo. Na procissão de entrada e durante a aclamação ao Evangelho deve ser transportado, ladeado por duas velas.

Rito de aspersão

Nesta celebração, propõe-se o rito da aspersão da água, usando a segunda oração da fórmula A, conforme o Missal Romano.

Evangelho para os jovens

Em cada milagre, em cada cura de Jesus, nós podemos ver a salvação a acontecer. É o Reino de Deus a crescer. Jesus ter-se-á cruzado com muitos outros doentes. E não curou todos. A sua intenção era, de facto, curar o homem todo, no mais profundo de cada ser humano. Por isso, quando vemos este surdo-mudo, que passa a escutar e a falar corretamente, vemo-nos a nós próprios. Somos nós que somos, tantas vezes, surdos. Não basta ouvir. É preciso escutar. E para isso, não basta que apareçam os sons, os ruídos nos nossos ouvidos. É necessário dar crédito a quem nos fala. Portanto, é preciso confiança e, sobretudo, obediência. Sem Jesus isso não acontece.

É necessário passarmos a falar corretamente, como acontece com este homem no fim deste milagre. E o que é falar corretamente? É, antes de mais, podermos louvar a Deus, bendizer a Deus e a isso somos chamados como cristãos. Mas também falarmos corretamente em relação aos nossos irmãos, com palavras de evangelização, com palavras de edificação, de caridade, de comunhão.

Tudo isto o Senhor Jesus pode realizar em nós, curando a nossa surdez e a nossa mudez. Quando assim estamos, neste processo de cura, de transformação contínua poderemos também nós ser portadores desta salvação. Por isso, acolhamos também nós esta salvação, este toque de Jesus na nossa vida, que não só cura a nossa surdez, a nossa mudez, mas nos põe em missão.

Oração Universal

Neste Domingo, a oração conclusiva da Oração Universal pode ser substituída pela oração pelo 53º Congresso Eucarístico Internacional.

V/ Irmãs e irmãos caríssimos: do mesmo modo que os contemporâneos de Jesus Lhe levavam os seus doentes para que os curasse, apresentemos-Lhe nós também os nossos pedidos, pela Igreja e pelo mundo, com toda a confiança, dizendo:

R/ Concedei-nos, Senhor, a vossa graça.

1. Pelo Papa Francisco e pelos seus colaboradores, pelos bispos e servidores das dioceses, pelos párocos e pelos fiéis que os ajudam: sejam sempre proclamadores da Palavra com toda a sua vida. Oremos.
2.  
3. Pelos que governam os povos: nunca se manifestem surdos aos clamores e angústias dos que não têm voz nem vez na nossa sociedade. Oremos.
4.  
5. Pelo bom êxito do ano escolar: abram-se para todos alunos as portas da escola, caminhos de vida e de acesso à verdade, sabendo que todas as respostas que não chegam a Deus são demasiado curtas. Oremos.
6.  
7. Pelos que não reconhecem em si mesmos o dom da fé e vivem uma busca sincera do sentido definitivo da vida: encontrem quem seja capaz de os guiar no caminho que conduz ao mistério de Deus. Oremos.
8.  
9. Pelos participantes no 53º Congresso Eucarístico Internacional, que inicia hoje na cidade de Quito: sintam neste acontecimento eclesial um sinal da fraternidade universal que é a Igreja e se tornem sinais da cura de Jesus para o mundo de hoje. Oremos.
10.  
11. Por todos nós aqui reunidos em assembleia: abramos no nosso coração e no coração dos outros a força da fé que é graça de Deus. Oremos.

V/ Deus de bondade, que dais coragem aos desanimados, desimpedis os ouvidos dos surdos e soltais a língua dos mudos, escutai as nossas orações e dignai-Vos atendê-las segundo o vosso coração. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Prefácio

Neste Domingo, sugere-se que o Prefácio seja cantado.

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

Sabemos que um surdo não consegue falar, porque a escuta é anterior à fala. Falamos porque ouvimos e com as palavras que ouvimos dos outros. A nossa língua está prisioneira, porque os nossos ouvidos estão fechados. Do mesmo modo, na Comunhão, a nossa língua liberta-se para receber o Corpo de Cristo, porque, pela fé, Jesus abriu os nossos ouvidos à sua Palavra que diz: “isto é o meu Corpo entregue por vós”. A fé vem pela escuta obediente da Palavra de Deus e, deste modo, nós celebramos o mistério da fé. Por isso, na Eucaristia, vivemos também o mistério do “effathá”. Jesus abre-nos os ouvidos à sua Palavra que torna presente o mistério do seu Corpo e a nossa língua solta-se para receber o preciosíssimo dom do seu Pão.

Sair em missão

Nesta semana, propomos verdadeiro investimento no ouvido e na fala! Vamos tentar ouvir mais, escutar com atenção o que os outros e o próprio Deus têm a dizer-nos. Vamos falar, mas sempre depois de bem ponderar, para que as nossas palavras correspondam ao espírito de verdade, de bem e de paz.