Arquidiocese de Braga -

16 outubro 2024

XXX Domingo do Tempo Comum | B

Fotografia

“Vai: a tua fé te salvou”

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Para este dia propõe-se um arranjo floral, integrando um círio bem visível.

 

Sugestão de cânticos

[Entrada] Alegre-se o coração – M. Simões

[Apresentação dos dons] Abre meus olhos – J. Rosenmüller / H. Schütz

[Comunhão] Quero cantar o Vosso nome – A. Cartageno

[Final] Exulta de alegria no Senhor – M. Carneiro

 

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações para o Domingo XXX do Tempo Comum

[Prefácio] Prefácio III Dominical do Tempo Comum

[Oração Eucarística] Oração Eucarística III

[Bênção] Bênção solene do Tempo Comum VI

 

Catequese Mistagógica

Bênção final

A palavra bênção vem do latim bene-dicere (ou em grego, eu-loguéo) e significa: falar bem de, desejar algo bom a alguém, louvar, abençoar.

Importa ter presente que a fonte e origem de toda a bênção é Deus. Por isso, quem primeiro bendiz é Deus, sendo a sua bênção sempre eficaz. Já no Antigo testamento encontramos súplicas pela bênção de Deus: «o Senhor lembra-se de nós e nos abençoa. Abençoa a casa de Israel, abençoa a casa de Aarão. Abençoa os que temem ao Senhor, abençoa pequenos e grandes» (Sl 113B [115],12-13). Respondendo a esta iniciativa, o ser humano, por sua vez, bendiz a Deus.

Esta perspetiva está também presente no Catecismo da Igreja Católica: «a bênção exprime o movimento de fundo da oração cristã: ela é o encontro de Deus com o homem; nela se encontram e unem o dom de Deus e o acolhimento do homem. A oração de bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: uma vez que Deus abençoa, o coração do homem pode responder bendizendo Aquele que é a fonte de toda a bênção» (CIC 2626).

Neste sentido, a bênção de Deus expressa-se de forma mais evidente na bênção final da Missa, às vezes simples, outras mais solene. Neste caso, há um ou três tropos, aos quais o povo responde «ámen», e que são acompanhados com o gesto de imposição das mãos. Por fim, importa referir que o sinal mais comum para abençoar é o sinal da Cruz, pois toda a bênção é participação na salvação pascal de Cristo.

(Adaptação de: Dicionário elementar de Liturgia e Ritual das Bênçãos).

 

Evangelho para os jovens

Não pouco frequentemente, constatamos que os jovens vivem aprisionados numa espiral de vícios, dependências, hábitos nada saudáveis, até paixões descontroladas. Alguns ainda tentam libertar-se, mas, por vezes, sem saber dar os passos certos e sem pessoas que realmente os ajudem. Há sempre uma possibilidade de transformação na vida de todas as pessoas: o encontro com Cristo, tal como aconteceu com o cego Bartimeu. A passagem de Jesus na vida de alguém é sempre um momento de tomada de consciência, de questionamento, de desafio, que leva a pôr em causa a “vida velha” e a sentir o imperativo de ir mais além.

Aquele cego deixou-se tocar por Jesus, mesmo que todos à sua volta continuassem a querer silenciar a sua vontade de ser livre e o reconhecimento da sua dignidade. Temos de ter a coragem e a bravura para ser discípulos neste mundo que entorpece. Para isso, todos somos chamados a converter o nosso olhar. Esta transformação do olhar só acontece quando aceitamos a deslocação do nosso ponto de vista habitual para um lugar novo, que não é bem um lugar, mas uma relação, uma companhia, a de Jesus e com Jesus!

 

Oração Universal

V/ Caríssimos cristãos: Jesus, que deu vista a um cego, também dá nova luz às nossas vidas. Iluminados pela sua Palavra salvadora, supliquemos (ou: cantemos) a Deus Pai:

R/ Lembrai-Vos, Senhor, do vosso povo.

Pelos fiéis de todas as Paróquias da nossa Arquidiocese, para que não impeçam os cegos de chegar a Jesus, mas sejam eles próprios a conduzi-los até Ele, oremos.

Pelos que exercem o ministério sacerdotal e por todos os missionários, para que nenhuma fraqueza humana os desanime e sejam sempre compreensivos como Cristo, oremos.

Pelo povo de Israel e pelos seus chefes, para que recordem as palavras dos profetas e não esqueçam as promessas de paz e esperança da Escritura, oremos.

Pelos órfãos, os abandonados, os prisioneiros, os refugiados e aqueles que já perderam toda a esperança, para que encontrem em Deus a plenitude da sua vida, oremos.

Pelos fiéis desta assembleia e de todas as outras, para que, no meio das angústias, clamem com fé: “Jesus, Filho de David, tende piedade”, oremos.

V/ Senhor, nosso Deus, que nos amais como a menina dos olhos, fazei regressar à pátria os refugiados e cativos e dai colheitas abundantes aos que semeiam com lágrimas. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Bênção

Como a catequese mistagógica deste Domingo versa sobre a bênção final da Eucaristia, sugerimos que, neste dia, imediatamente antes da bênção final, o celebrante principal possa dar uma brevíssima explicação sobre este momento, inspirado no texto explicativo da referida catequese mistagógica.

 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

Para aceder a Jesus e poder segui-l’O, Bartimeu teve de confiar nos que lhe diziam que Jesus passava, ter coragem para gritar a sua fé em Jesus que o podia libertar e pediu misericórdia; teve de vencer os respeitos humanos e as reprimendas da multidão, de novo, teve de confiar nos que o encorajavam; deitou fora o supérfluo, ou até o necessário, e saltou energicamente em direção a Jesus. Este desejo que habitava Bartimeu, acompanhado de gestos, deve ser o nosso ao aproximarmo-nos da Eucaristia. O ímpeto, a contrição, a confissão da fé, o desprendimento, a coragem, a indiferença diante dos que ora dizem bem ora mal devem habitar o coração de quem vai à Eucaristia à procura da Luz de Jesus para O poder seguir.

 

Sair em missão

Meditar na oração pessoal a pergunta que Jesus faz ao cego Bartimeu: “que queres que Eu te faça?”. O que queremos verdadeiramente de Jesus?


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B_Comum_30.doc