Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo floral que integre uma figura a representar duas mãos abertas.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Chegue até Vós, Senhor – F. Santos

[Apresentação dos dons] Meu Deus, na simplicidade do meu coração – Az. Oliveira

[Comunhão] Os ricos empobrecem – C. Silva

[Final] Mandai-nos mensageiros, Senhor – C. Rosier

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações para o Domingo XXXII do Tempo Comum

[Prefácio] Prefácio da Oração Eucarística para diversas necessidades II

[Oração Eucarística] Oração Eucarística para diversas necessidades II

[Bênção] Bênção solene para o Tempo Comum III

Catequese Mistagógica

Recolha das ofertas

Apesar das dificuldades ministeriais de São Paulo com respeito à igreja em Corinto, o apóstolo dos gentios dedica dois capítulos da segunda epístola para orientar os coríntios a contribuírem com os pobres de Jerusalém. Ele enaltece a importância dessa missão, classificando-a como paraklesis, assistência aos santos. Essa preocupação é resultado de alguns conceitos teológicos que ele absorveu, contrastados com o conceito de prosperidade pagã que os coríntios tinham e precisavam desconstruir. 

Percebendo que esta teologia da coleta, como assistência aos pobres, é expressão caritativa da fé celebrada, então entendemos o sentido da recolha das ofertas do povo santo de Deus, durante a celebração da Eucaristia, durante a preparação do altar, para serem levadas também como oferenda. Segundo o número 73 da IGMR, “além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística”.

Introdução ao espírito celebrativo

Depois da saudação do presidente da celebração, propõe-se que um jovem faça a seguinte admonição para introduzir a assembleia no espírito da celebração e no contexto da Semana dos Seminários, que termina em Portugal:

Só chegas a viver verdadeiramente, se te doares como um todo ao Outro que sempre te espera. Esta não é uma frase do Evangelho, mas, certamente, Jesus concordaria com ela, não fosse esta uma forma de sintetizar o seu ministério de doação de vida em abundância e o seu ofício de consolar. Ao terminar esta Semana de Oração pelos Seminários, não nos sentimos dessedentados por respostas, mas guiados pela pergunta, que sempre reclama a nossa esperança.

Agradecendo os testemunhos de tantos profetas da esperança, como o daqueles que discernem como possibilidade o presbiterado, sentimo-nos todos implicados nesta contínua abertura ao poder salvador das interpelações que desinstalam do nosso comodismo e desacomodam as nossas certezas.

Evangelho para os jovens

“Jesus sentou-se em frente à arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa”. É interessante este gesto de Jesus: Jesus senta-se a observar a multidão. Esta atitude alerta-nos como é importante parar e observar o que nos rodeia. Isso ajuda-nos a ter lucidez naquilo que se faz e naquilo que se diz. A nossa ação, para ser justa, deve partir de uma boa observação. Para isso é preciso ter tempo para parar e observar. 

No término da Semana dos Seminários pode ser pertinente apresentar o sacerdócio como uma forma de partilha e entrega. Não partilhamos apenas bens, mas também talentos. A vocação é a descoberta de um chamamento que se realiza num projeto de felicidade que deve estar ao serviço do outro, como sinal de esperança no mundo atual.

Oração Universal

V/Irmãos e irmãs, ao terminarmos a semana de oração pelos Seminários, recordamos que, como a farinha da viúva de Sarepta, a graça de Deus nunca se esgota. Peçamos-Lhe por todos os que buscam ser sinais de esperança, dizendo:

R/ Senhor, aumentai a nossa esperança.

1. Pela Igreja, presente nas nossas dioceses e nas nossas comunidades, para que não se feche e se centre em si própria e nas suas seguranças humanas, oremos ao Senhor.
2. Pelas viúvas pobres e por aqueles que dão tudo o que possuem, para que os seus gestos discretos sejam expressão de um coração generoso, oremos ao Senhor.
3. Pelos seminaristas, formadores e colaboradores dos seminários, para que, através do seu trabalho, continuem a oferecer toda a sua vida, esforço e dedicação em favor do Evangelho, oremos ao Senhor.
4. Pelos grupos caritativos paroquiais, para que à semelhança de Jesus estendam a mão aos mais pobres, aos que estão doentes e aos que vivem sozinhos, oremos ao Senhor.
5. Pelos nossos irmãos que já partiram para a eternidade, para que descansem em paz e um dia todos possamos participar da plenitude do amor de Deus, oremos ao Senhor.

V/ Deus de todo o amor, que sois o dom mais precioso dado ao ser humano, abri as nossas mãos para que repartam e os nossos corações para que acolham os que sofrem por não terem pão nem fé. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen. 

Momento pós-comunhão

No momento pós-comunhão, a assembleia, sentada, pode rezar a oração proposta para a Semana dos Seminários. Para tal, é importante que as pagelas sejam distribuídas pela equipa de acolhimento antes da Eucaristia, ou, onde for possível, a oração seja projetada, para que todos a possam rezar em uníssono. 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

A Eucaristia é a concretização sacramental do que Paulo diz aos coríntios: “Jesus Cristo, sendo rico, fez-se pobre por nosso amor, para que, por meio de sua pobreza, nos tornássemos ricos”. Ele deu a vida para que nós tenhamos vida, e vida em abundância. Por isso, Jesus se comove tanto com o exemplo da pobre viúva. Ela, na sua pobreza, deu tudo o que tinha para viver. Os ricos davam muito, mas, por muito que fosse, davam do que lhes sobrava. Os dons eram destinados às obras grandiosas do Templo de Jerusalém. Todavia, a Igreja que Jesus quer edificar não se constrói sobre pedras dispendiosas, mas sobre o dom generoso do nada que somos e que Deus associa ao dom preciosíssimo de seu Filho no altar da Cruz.

Sair em missão

Nesta semana, vamos ponderar sobre os dons que recebemos de Deus e como os podemos tornar talentos, não para a promoção pessoal, mas para o serviço e a entrega aos outros, gerando mais esperança no mundo.