Arquidiocese de Braga -

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Num local de destaque, estarão visíveis para todos as pegadas da caminhada para o ciclo litúrgico da Páscoa, com o passo “Amor”.

Sugestão de cânticos

[Entrada] Cantai ao Senhor um cântico novo – F. Silva

[Rito de aspersão] Vi a fonte de água viva – Az. Oliveira

[Glória] Glória a Deus nas alturas – Az. Oliveira

[Apresentação dos dons] Eu vi a cidade santa – F. Santos

[Comunhão] Dou-vos um mandamento novo – F. Silva

[Final] Aleluia! Louvor a Vós, ó Cristo – M. Luís

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações do Domingo V da Páscoa

[Prefácio] Prefácio Pascal V

[Oração Eucarística] Oração Eucarística II

[Bênção] Bênção solene para o Tempo Pascal

Ministérios Litúrgicos

O asseio e a frescura do ambiente celebrativo não são só por razões de higiene: é um imperativo teológico. Deus é aquele que renova todas as coisas. Mesmo as coisas mais antigas e carregadas de história devem ser cuidadas como se fossem novas. O ministério dos acólitos, porque revestidos das túnicas batismais, pode evidenciar essa feliz manifestação da novidade de Deus de forma permanente. 

Procissão de entrada

Faça-se a entrada solene com turíbulo, cruz processional ladeada de duas velas e o Evangeliário, sublinhando assim o ministério dos acólitos na celebração.

Rito de aspersão

Faça-se a aspersão da água por toda a igreja, com um cântico batismal ou com novas estrofes do cântico de entrada, concluindo com a oração: «Deus todo-poderoso nos purifique do pecado e, pela celebração da Eucaristia, nos torne dignos de participar na mesa do seu reino, pelos séculos dos séculos» [Missal Romano – ritos iniciais]. Em seguida, omitido o Senhor, tende piedade (Kyrie eleison), canta-se o Glória.

Evangelho para os jovens

A Palavra de Deus convida-nos a viver no amor que transforma o mundo. «O amor é a resposta mais autêntica a um amor que nos vem dado por Deus». São palavras de Bento XVI, na Encíclica «Deus caritas est». Paulo e Barnabé voltam às comunidades para as fortalecer no amor, preparando-as para superarem as tribulações. Por isso, no meio das dificuldades é necessário fortalecer o amor com o Senhor e na comunidade. O caminho de Jesus não é um caminho sempre fácil, mas vale a pena. Jovens, não desistais da vida à primeira dificuldade. Se o Senhor vos chama a segui-l’O mais de perto, não tenhais medo de lhe oferecer a vossa vida. Não estais sozinhos. 

Deus promete-nos um mundo novo, através da visão de João na leitura do Apocalipse: «Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra. [...] Deus habitará com os homens. […] Vou renovar todas as coisas». Quando olhamos ao nosso redor e vemos violência, injustiça, medo, podemos perder a esperança. Mas Deus promete-nos que está algo de novo para acontecer. Caríssimo jovem, Deus já está a agir em nós, renovando o nosso coração e preparando para nós um futuro cheio de esperança. 

Por fim, no Evangelho escutado, Deus deixa-nos um mandamento: «amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei», convidando-nos a amar os irmãos e irmãs. O amor é que assegura constantemente a presença de Jesus no meio de nós. O amor é o sinal de que somos seus discípulos. Como é que o mundo sabe que seguimos Jesus? É através da nossa vivência, viver o amor no concreto de cada dia, nas pequenas coisas: perdoar, acolher, partilhar, visitar, escutar. O amor transforma. Jovem, sê testemunha do amor de Deus com a tua vida. Com Jesus podemos ser sinal de vida nova no mundo.

Dinâmica da Páscoa

A seguir à homilia, toda a assembleia será convidada a rezar a oração que está prevista para este V Domingo da Páscoa, na pagela em forma de pegada que será entregue a toda a assembleia:

No silêncio,

quero encontrar-Te.

Nos gestos, quero revelar-Te. 

Confirma os meus passos, 

ajuda-me a sair em missão, 

com gestos simples e concretos 

de amor ao próximo.

Oração Universal

V/Caríssimos fiéis: nós que escutámos a palavra de Jesus, deste Domingo, em pleno Ano Jubilar, elevemos até Deus as nossas preces pela Igreja e por todos os que sofrem, e digamos, com toda a confiança: 

R/Senhor, ensinai-nos a amar.

1. Pela Igreja que caminha com todos, para que os ensine a amarem-se uns aos outros na alegria de Jesus vivo e ressuscitado, oremos. 

2. Pelos responsáveis de todas as nações, para que sirvam o bem comum com lealdade, e os cidadãos reconheçam o seu trabalho, oremos. 

3. Pelos que sofrem muitas tribulações, para que encontrem pessoas dispostas a enxugar as lágrimas dos seus olhos com um coração cheio da misericórdia de Deus, oremos.

4. Por aqueles em quem Deus faz maravilhas, para que tenham um coração agradecido e louvem sem cessar o seu nome santo, oremos. 

5. Pelos jovens que estão em tempo de fazer escolhas, para que se deixem tocar pelo apelo deixado por Jesus e se comprometam no amor que transforma, oremos

6. Pelas crianças que vão comungar pela primeira vez, para que com a ajuda dos seus pais, em cada Domingo se comprometam a participar na celebração da Eucaristia, oremos.

   V/ Deus eterno e omnipotente, que glorificastes o nosso Salvador e renovais todas as coisas em Cristo, fazei-nos cumprir o seu mandamento novo, para nos tornarmos, de verdade, seus discípulos. Ele que vive e reina por todos os séculos dos séculos.

   R/ Ámen. 

    

    

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

O Evangelho segundo São João não nos dá o relato da instituição da Eucaristia como o encontramos nos Evangelhos sinóticos e em São Paulo. Mas, não nos dizendo como Jesus celebrou a primeira Eucaristia, ele diz-nos em que consiste uma vida alimentada pela Eucaristia. Para que não pensássemos que o “fazei isto em memória de mim” se resumiria a uma reprodução ritual dos gestos e das palavras do Mestre, Jesus dá-nos um outro mandato: “como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. Assim, “fazei isto…” torna-se equivalente a “amai-vos uns aos outros”. Por amor, Jesus torna-se Corpo / Alimento eclesial, no amor fraterno que vem do Espírito, nós tornamo-nos o Corpo Místico que é a Igreja, testemunha do amor.

Sair em missão

Dar uma prova de amor concreta a alguém que esteja a viver uma situação económica, psicológica ou espiritual de maior fragilidade.