Arquidiocese de Braga -

14 dezembro 2016

Crónica para o IV Domingo do Advento - 18 de Dezembro de 2016

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Paróquia da Lapa

«Sim! Eu quero perdoar e abrir a porta da minha casa, até àqueles que me deixam triste!»

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IV Domingo do Advento

 

Shiu! Shiu! Shiu…
Que o silêncio nos envolva com desejos de profundo Amor, pelo irmão que sofre!
Que o silêncio nos traga a coragem para cumprirmos o projecto que Deus tem, para cada um de nós!
Que o silêncio nos faça escutar a voz divina que vive no nosso coração!
Que o silêncio nos desperte deste sonho, onde reina a incerteza, com o alento de que Deus nos ama!

E, se nos pedissem para recebermos alguém que nos magoou em nossa casa?

A resposta seria: “Não!”
Teríamos todos os motivos e, até os nossos amigos ficariam do nosso lado:
“Então, vais conviver com quem tanto mal te fez?”
Se uma pessoa nos desilude, não somos obrigados a permanecer ao seu lado,
nem a perdoar… quanto mais, a abrir a porta da nossa casa a quem nos entristeceu…

«José, filho de David, não temas receber Maria,
tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.

Aqui encontramos a pureza e a beleza do Ser Divino.

Ser humano é ficar de cara fechada, de coração negro, de mãos vazias…
Não há tempo, nem volta a dar, quando nos sentimos ultrapassados e enganados!

Mas, José, o noivo de Maria, é um Ser Divino… é do outro mundo!
Podia ter pensado que o Anjo foi um sonho louco e sem sentido…
Podia ter ficado pela parte mais fácil: “Vai embora, pois não te quero mais…
Não! José tem um coração de ouro, onde habita a sabedoria do silêncio!

Hoje, no 4º domingo do Advento, do ano A, S. Mateus relata-nos o nascimento de Jesus,
ao enaltecer o Seu Pai Adoptivo, o Noivo de Maria, o descendente de David,
o Homem que abriu a porta da Sua casa, ao Filho de Deus…

Neste Natal, o Anjo do Senhor virá ter connosco em sonhos:
“Não temas! Abandona o teu orgulho, a tua forma de ser e vive para a tua família!
Vive para fazeres alguém feliz, para dares até o que não tens! Vive para o perdão!”

Se a nossa boca permanecer em silêncio, que seja para semear a vontade de Deus,
num “Sim! Eu quero perdoar e abrir a porta da minha casa, até àqueles que me deixam triste!

Com José, o humilde carpinteiro, o Homem Justo que fez a vontade do Pai,
vamos aguardar por este Menino que nos inquieta e nos faz sorrir…
Que fez S. José amar a Deus, ainda mais do que já amava!


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