Arquidiocese de Braga -
22 julho 2019
Estado do Vaticano quer abolir uso de plástico
DACS com Agência Ecclesia/Vatican News
A venda de plástico descartável foi proibida e o stock do mesmo deve terminar até ao final do ano.
O Estado da Cidade do Vaticano começou a reduzir o consumo do plástico e espera ter abolido completamente o seu uso até ao final do ano. Inspirado pela encíclica Laudato si, a venda de plástico descartável, por exemplo, foi proibida.
“O segredo foi acolher no coração as directrizes do Santo Padre na Laudato si. A Casa Comum deve ser salvaguardada e nós devemos ser os primeiros”, disse o responsável pelo Serviço de Jardinagem e Limpeza Urbana do Vaticano.
Rafael Ignacio Tornini explicou que foi preciso muito trabalho para mudar “mentalidades” e os funcionários dos “resíduos especiais” tiveram também formação especifica.
De acordo com o Vatican News, a venda de plástico descartável foi proibida e o stock do mesmo deve terminar até ao final do ano. Actualmente, 55% dos resíduos são diferenciados e o objectivo é em três anos atingir um número entre 70 e 75% de resíduos reciclados.
“O mundo dos resíduos é dividido em duas grandes categorias: O lixo urbano e o lixo especial, perigoso ou não perigoso. Em 2016, foi criada uma ilha ecológica para onde são destinados todos os resíduos especiais. Em 2018, a ilha foi reestruturada e reforçada, e agora conseguimos administrar cerca de 85 códigos Cer, que são os códigos de resíduos da União Europeia. Nestes primeiros seis meses conseguimos reduzir a proporção do não-reciclável para 2%, portanto, uma taxa de 98%”, desenvolveu o responsável pelo Serviço de Jardinagem e Limpeza Urbana do Vaticano.
Neste contexto, Rafael Ignacio Tornini explica que “mais difícil é a situação do não-reciclável” na Praça São Pedro com “milhares de turistas todos os dias” onde “o não-reciclável incide um pouco sobre todo o resto”.
“Debaixo das colunatas colocamos recipientes específicos para o plástico e devo dizer que funciona, pois recolhemos cerca de dez quilos por dia”, exemplifica.
Segundo Rafael Ignacio Tornini, o lixo orgânico e a poda das plantas são usados para fazer adubo, cerca de “400 toneladas de material”, contribuindo “para colocar no mercado a menor quantidade de resíduo possível”.
“O que descartamos tentamos reutilizá-lo no jardim, no Vaticano ou em Castel Gandolfo, como fertilizante de boa qualidade”, exemplificou o responsável pelo Serviço de Jardinagem e Limpeza Urbana do Vaticano.
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