Arquidiocese de Braga -
23 dezembro 2020
Comunidade de Taizé convida a “manter a esperança”
DACS com Agência Ecclesia
A mensagem – ‘Manter a esperança em tempo propício e fora dele’ – pede decisões políticas corajosas mas afirma que “a solidariedade e a amizade social” que todos podem viver “são igualmente essenciais”.
A Comunidade Ecuménica de Taizé convida incentiva a “viver a fraternidade” e a “modificar o olhar” em 2021.
Na mensagem para o próximo ano, o irmão Alois, prior da comunidade sediada na França, pede para deixar “que Cristo renove o nosso olhar: Através dele reconhecemos mais claramente a dignidade de cada ser humano e a beleza da criação; a esperança, longe de ser uma confiança ingénua, nasce e renasce porque se enraíza em Cristo; uma alegria serena preenche-nos e, com ela, a coragem de assumir as responsabilidades que Deus nos confia na Terra”.
O responsável afirma que a “humanidade avança graças àqueles, tão numerosos, que se entregam generosamente, mesmo neste tempo de turbulência e incerteza”.
O irmão Alois alerta que na actual situação pandémica assiste-se a “um aumento da precariedade em vastas regiões do mundo” e que, por isso, são necessárias decisões políticas corajosas, mas que “a solidariedade e a amizade social” que todos podem viver “são igualmente essenciais”.
“Muitos estão prontos para servir os outros. A sua generosidade lembra-nos que a entreajuda abre um caminho para o futuro. E muitos jovens estão a investir as suas energias para salvar a nossa casa comum que é o planeta”, acrescenta, assinalando que essas iniciativas “já permitem avançar para estilos de vida mais respeitadores do meio ambiente” e que em Taizé continuam “os esforços para a transição ecológica” e “todas as propostas são bem-vindas”.
A comunidade ecuménica realça a importância de “viver a fraternidade” e que nas “difíceis realidades do presente” é possível perceber “motivos de esperança e, às vezes, até de esperança contra toda a esperança”, para isso incentiva que se juntem “a quem tem diferentes opções de vida, a cristãos de outras confissões, a crentes de outras religiões, a agnósticos ou a ateus que também estejam comprometidos com a fraternidade e a partilha”. “A alegria renova-se quando vivemos a fraternidade, quando estamos perto dos mais necessitados: pessoas sem-abrigo, idosos, doentes ou pessoas sozinhas, crianças em dificuldade, pessoas com deficiência, migrantes… As circunstâncias da vida podem tornar-nos vulneráveis; e a pandemia revela as fraquezas de nossa humanidade”, desenvolve o irmão Alois, lembrando que o Papa Francisco recorda “com força que «ninguém se salva sozinho»”, na encíclica ‘Fratelli Tutti’.
“Outras vozes se levantam para dizer: Resistamos ao desencanto; estejamos atentos aos sinais de esperança”, afirma o prior da Comunidade Ecuménica de Taizé.
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