Arquidiocese de Braga -
30 janeiro 2021
IV Domingo Comum - Jesus Nazareno é o Santo de Deus
Balasar (Santa Eulália)
Oração e Catequese em Família
Jesus Nazareno é o Santo de Deus
Todos se maravilhavam com a sua doutrina porque ensinava com autoridade
Família, Igreja doméstica
Local da celebração e catequese
Na sala onde temos uma mesa (altar) com a Bíblia aberta da passagem do Evangelho, um Crucifixo e uma vela.
Aconselhamos a fazer a oração e catequese ao Domingo antes da refeição (caso seja possível)
No fim, fazer a refeição com alegria e convívio
Momento de Oração
Ato de Perdão
Ato penitencial que vem no caderno liturgia familiar: Pedimos Perdão
Palavra de Deus
EVANGELHO – Mc 1, 21-28
(Ler pela Bíblia)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!» E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Reflexão catequética
O que diz o texto? [Dialogar sobre os pormenores do texto, por exemplo: dividir o texto conforme as cenas; onde se passa cada uma; quais são os acontecimentos referidos; quem são os personagens; o que fazem e dizem os personagens]
O Evangelho convida-nos a acreditar na palavra de Deus anunciada por Jesus como nova doutrina e que realiza obras admiráveis. Jesus, como bom Judeu, cumpre o seu dever e vai à Sinagoga de Cafarnaum participar na celebração sabática. Depois de proclamar a leitura bíblica faz a explicação da Palavra de Deus. A sua meditação é escutada atentamente “todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas”.
Neste Evangelho Marcos coloca-nos duas questões doutrinais:
Na primeira parte interroga-nos: Como escutamos a Doutrina de Jesus e como transmitimos a Palavra de Deus às outras pessoas? Com autoridade? Mas que autoridade? A nossa autoridade tem que ser como a de Jesus: autoridade de vida e testemunho. A nossa pregação tem que ser testemunho de vida, e não apenas palavras, divorciadas da vida.
Na segunda parte Marcos convida-nos a acreditar que Jesus é o Filho de Deus. Com a expulsão do espírito impuro do homem prova a autoridade da Palavra de Jesus: “até manda nos espíritos impuros”. De onde vem a autoridade de Jesus? Marcos coloca na boca do homem com um espírito impuro o ato de fé em Jesus: “Jesus Nazareno é o Filho de Deus”.
Jesus com a Sua Doutrina e ações revela-se como Filho de Deus. Não é um mestre de doutrina como tantos escribas. É o Filho de Deus e a Sua Palavra é Palavra de Deus.
Reflexão
O que me diz o Senhor através deste texto? [Partilhar qual tem sido a resposta dada por cada um ao convite de Jesus Cristo]
Como escuto a Palavra de Deus? É Palavra da Boa Nova? É uma nova doutrina? Fico maravilhado com a Palavra de Deus? Distingo a doutrina de Jesus de tantas outras doutrinas que ouço de tantas pessoas à minha volta? Que palavra tem mais autoridade na minha vida? O Evangelho de Jesus?
Sou responsável por anunciar ao mundo de hoje a Palavra de Deus. Como cumpro a minha missão? Com que autoridade? Com testemunho de vida, ou só com palavras? A minha pregação tem que ser testemunho de vida, e não apenas palavras, divorciadas da vida.
Acredito que Jesus Nazareno é o Filho de Deus? Quando leio a Bíblia, o Evangelho? estou convencido que é Palavra de Deus, Palavra de Vida Eterna?
Ouvir e ver o vídeo do Laboratório da Fé (ver net laboratório da Fé), ou vídeo da Infância Missionária (ver net infância missionária) - 4º domingo Comum
Oração
Rezar a Oração que vem na liturgia familiar
Apresentamos as nossas preces
Atitude/Compromisso de Vida
Ler todos os dias um pouco a Palavra de Deus (Evangelho diário).
Ler meditando e saboreando com alegria a Palavra de Deus, descobrindo as maravilhas de Deus.
Colocar sempre em primeiro lugar a Palavra de Deus na minha vida.
Rezar com a Palavra de Deus, agradecendo as maravilhas que Ela vai frutificar na minha vida.
Como Jesus, devemos cumprir o nosso dever dominical: Participar na Santa Missa
Para as crianças
Explicar a folha da Infância Missionária
Desenhar e fazer as atividades
Para os adolescentes
Escrever uma carta a Jesus dizendo o que pensa d’Ele e da sua doutrina
Oração em família
Bênção da mesa – Liturgia familiar
Podem fazer o download da catequese nos seguintes links:
Liturgia Familiar 4 Domingo Comum.pdf
Pequena explicação – espíritos impuros
Caso haja alguma pergunta, embora esta explicação só poderá ser dada a partir da idade dos adolescentes. Cuidado em responder às crianças. Nunca dizer que é o demónio. Impuro, nada tem a ver com demoníaco. Impuro vem de impureza do corpo, doenças…depois passou a significar a impureza do espírito. A doença da lepra é o caso mais típico. Daí que na Bíblia a lepra esteja associada ao pecado.
Não se trata de demónios, como muita gente pensa. Para os judeus muitas doenças psíquicas ou psicológicas, eram fruto de espíritos maus. A doença afetava as pessoas e não estavam capacitadas pera cumprir as leis. Da situação humana passavam à situação religiosa. Os judeus estavam convencidos que todas as doenças eram provocadas por “espíritos maus” que se apropriavam dos homens e os tornavam prisioneiros. As pessoas afetadas por esses males deixavam de cumprir a Lei (as normas corretas de convivência social e religiosa) e ficavam numa situação de “impureza” – isto é, afastadas de Deus e da comunidade. Na perspetiva dos contemporâneos de Jesus, esses “espíritos maus” que afastavam os homens da órbita de Deus tinham um poder absoluto, que os homens não podiam, com as suas frágeis forças, ultrapassar. Acreditava-se que só Deus, com o seu poder e autoridade absolutos, era capaz de vencer os “espíritos maus” e devolver aos homens a vida e a liberdade perdidas.
Numa encenação com um singular poder evocador, Marcos põe o “espírito mau” que domina “um homem” presente na sinagoga, a interpelar violentamente Jesus. Sugere-se, dessa forma, que diante da proposta libertadora que Jesus veio apresentar, em nome de Deus, os “espíritos maus” responsáveis pelas cadeias que oprimem os homens ficam inquietos, pois sentem que o seu poder sobre a humanidade chegou ao fim. A ação da cura do homem “com um espírito impuro” constitui “a prova provada” de que Jesus traz uma proposta de libertação que vem de Deus; pela aão de Jesus, Deus vem ao encontro do homem para o salvar de tudo aquilo que o impede de ter vida em plenitude.
Para Marcos, este primeiro episódio é uma espécie de apresentação de um programa de ação: Jesus veio ao encontro dos homens para os libertar de tudo aquilo que os faz prisioneiros e lhes rouba a vida. A libertação que Deus quer oferecer à humanidade está a acontecer. O “Reino de Deus” instalou-se no mundo. Jesus, cumprindo o projeto libertador de Deus, pela sua Palavra e pela sua acção, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte.
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