Arquidiocese de Braga -

19 março 2021

A Beata Alexandrina e São José

Fotografia Igreja Paroquial Santa Eulália de Balasar

Arquivo Fundação Alexandrina de Balasar

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Alexandrina manifesta uma grande admiração e amor por S. José. Quando era pequenina admirava as cores e revestimento da imagem de S. José da sua igreja. Desejava usar roupas com as mesmas cores. Os textos que Alexandrina nos legou sobre S. José são muito belos. Revelam que a sua intimidade com S. José também é fruto da sua intimidade com a Mãezinha e com Jesus. Acompanhemos Alexandrina na sua devoção a S. José.

 

Alexandrina

«Quando me encontrava na igreja punha-me a contemplar os santos e os que mais me encantavam era as imagens de Nossa Senhora do Rosário e S. José, porque tinham uns vestidos muito bonitos e eu desejava ter uns iguais aos deles» (Autobiografia pg18).

«As três pessoas da Santíssima Trindade me abençoem, assim como S. José, Maria Santíssima e todos os anjos e santos do céu» (Autobiografia pg 43).

Jesus a Alexandrina

«“Minha filha, ouve bem, é isto o que te custa. Eu amo-te tanto, tanto, que abaixo da minha Mãe SS. e do meu Pai adoptivo S. José, não terei no Céu santo que Eu possa amar mais do que a ti. É certo que por entre flores têm espinhos, mas colhem-se as flores e eles ficam. Fui Eu quem os pôs para elas melhor poderem brilhar. Repousa, minha filha. O teu leito será os meus santíssimos braços, os da minha Mãe Santíssima na minha Eucaristia». (C.P.M; 22/11/37)

Alexandrina

«Meu Deus, que luta tremenda, ai de mim sem Vós, Jesus, Mãezinha, valei-me: sou a Vossa vítima. Ó Santa Teresinha, Santa Gema, ó S, José e Santos meus queridos, valei-me. Ó Céu, ó Céu, conto contigo. Nunca, meu Jesus, me deixeis cansar, nunca deixeis parar meus lábios repetindo sempre: Amo-Vos, Jesus, sou a Vossa vítima.» (Sentimentos da alma; 01/08/1944)

«Principiei o novo ano tirando à sorte os meus protectores. Calhou-me S. José e Santa Teresinha. Fiquei contente pela sorte que me caiu. Que eles sejam os meus guias por entre as trevas que tanto pavor causam à minha alma.

Convidei todo o Céu a interceder por mim e a ensinar-me a amar a Jesus e à Mãezinha. Queria só viver a vida do amor.» (Sentimentos da alma; 05/01/1947)

«Para alegrar a Mãezinha, quero sofrer neste dia para que o meu querido S. José seja amado, muito amado. Eu não quero sofrer nada, nada por interesse meu, mas sim para alegria de Jesus e da Mezinha.» (Diário Autógrafo;9/05/1948)

«Vou a S. José buscar amor, para amar a Jesus e a Mãezinha e união para com a Santíssima Trindade.» (Diário Autógrafo; 15/06/1949)

 

«Enquanto que eu assim falava a Jesus, de repente, como caídos do Céu, ficaram à minha frente a Mãezinha e S. José. A Mãezinha vestia azul e branco; S. José com cores mais escuras sustentava na mão esquerda uma grande açucena, não só tinha flor, mas a folhagem verde e viçosa, parecia correr-lhe a água pelo pó. Disse Jesus; Vou fazer-Me pequenino, vou para junto dos Meus Pais, a quem tanto amo”. No meio da Mãezinha e de S. José, apareceu então Jesus formosíssimo; e continuou a falar; Pede-Me, Minha filha, o que quiseres, em nome do que na terra foi Meu Pai adoptivo; pede e diz aos homens que em Meu nome Me peçam. Ele pode alcançar de Mim no Céu o que todos os Santos juntos não alcançam. Ama-lo muito, minha filha, sei que amas; faz que ele seja amado.» (Sentimentos da Alma; 19/03/1948)

 

Jesus a Alexandrina

«“E no momento da tua morte, da tua partida para o Céu terás como hoje, na Minha companhia a Minha Mãe Bendita e o Meu Pai S. José. Prometo a Minha assistência aos que te são queridos e a alguns que em teu nome a pedirem.

Confia, confia nas promessas do teu Jesus. Coragem, coragem”. Obrigada, obrigada, meu Jesus.» (Sentimentos da Alma; 19/03/1948)

 

«A palavra do “eu creio” foi-se repetindo no meu íntimo, no maior abandono e no maior sentimento de morte. Jesus veio como de costume comunicar-me a Sua vida. Vinha acompanhado de S. José. A sua mão esquerda pegava na mão direita dele, S. José na sua mão esquerda trazia uma grande açucena branca. Ao chegar junto de mim, beijou-me dos dois lados do rosto, e disse-me: Aceita um ósculo meu, outro da minha Esposa, da tua Mãezinha a quem tanto amas. Faz que Ela seja amada, propaga a minha devoção, com isso muito me consolas.

[…]

Fiquei sozinha; Jesus também desapareceu. Não podia lutar; não tinha forças, não via, nem actos de fé sabia fazer. Neste abandono demorei-me, mergulhada nas trevas por algum tempo. Apareceram os dois companheiros novamente. S. José trazia nos braços o manto e a coroa da Mãezinha. Foi ele a colocar-mo aos ombros e a coroa na cabeça. Aceita nova oferta da minha Esposa: o Seu manto e coroa de Rainha. O teu reinado é o mundo, são as almas, são os pecadores. (Sentimentos da Alma; 19/03/1954)