Arquidiocese de Braga -
22 novembro 2021
Papa diz que Jesus é “um rei para os outros” e não “como os outros”
DACS com Agência Ecclesia/Vatican News
A solenidade de Cristo Rei foi também dia de celebração do Dia Mundial da Juventude, que o líder da Igreja Católica assinalou ao pedir aos jovens liberdade e que sejam “consciência crítica” da sociedade.
O Papa Francisco afirmou este domingo que Jesus não é “um rei como os outros, mas é um rei para os outros”, e que os católicos devem integrar essa dimensão de serviço nas suas vidas.
Antes da habitual recitação da oração do ângelus, Francisco referiu que a realeza de Jesus está “além dos parâmetros humanos” e questionou, retoricamente, se os católicos sabem imitar Jesus na liberdade do “desejo de fama e glória terrena”.
“Sabemos como governar a nossa tendência de sermos continuamente procurados e aprovados, ou fazemos tudo para sermos estimados pelos outros? No que fazemos, especialmente no nosso compromisso cristão, o que conta são os aplausos ou o serviço?”, perguntou o líder da Igreja Católica.
O Papa destacou que o reino proposto por Jesus “nada tem de opressor” e procura pessoas livres, porque “embora Cristo esteja acima de todos os soberanos, Ele não traça linhas de separação entre Ele e os outros; pelo contrário, deseja ter irmãos com quem compartilhar a sua alegria”, precisou.
Francisco assinalou assim a solenidade de Cristo Rei, que encerrou mais um ano litúrgico, e recordou que Jesus assume a sua realeza diante de Pilatos, governador romano, “enquanto a multidão grita para condená-lo à morte”.
O Papa alertou para as falsidades e duplicidades na vida dos cristãos, chamados a ser “verdadeiros”, porque a vida de um cristão “não é um recital em que se pode usar a máscara que mais convém” e porque “quando Jesus reina no coração, liberta-o da hipocrisia, dos subterfúgios e da duplicidade”.
“Precisamos das vossas críticas”, diz Francisco aos jovens
A solenidade de Cristo Rei foi também dia de celebração do Dia Mundial da Juventude, que o líder da Igreja Católica assinalou ao pedir aos jovens liberdade e que sejam “consciência crítica” da sociedade.
Na homilia da missa a que presidiu também na manhã de domingo, Francisco disse aos jovens para não ter “medo de criticar” e que “precisamos das vossas críticas”, e incentivou a que “façam barulho, porque o vosso barulho é fruto dos vossos sonhos, significa que não quereis viver na noite”.
Francisco realçou a importância de ter jovens capazes de sonhar, apontando para o futuro “com coragem”, e avisou para não se tornarem velhos “antes do tempo”, tendo “a paixão da verdade” para poderem dizer, “com os vossos sonhos: a minha vida não está escravizada às lógicas deste mundo, porque reino com Jesus em prol da justiça, do amor e da paz”.
O Papa agradeceu ainda aos jovens que olham para lá dos “lucros do presente” e apontam aos “grandes ideais”, ajudando os adultos e a Igreja, que também precisa “de sonhar” e tem “necessidade do entusiasmo e do ardor dos jovens” para ser testemunha de Deus.
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