Arquidiocese de Braga -
17 maio 2022
Director da Cáritas Ucrânia: “A guerra irá terminar quando pudermos perdoar tudo o que nos fizeram!”
DACS com Vida Nueva Digital
Responsáveis pela instituição eclesial na Ucrânia são recebidos pelo Papa e pelas principais autoridades vaticanas.
Após a assembleia da Cáritas da Europa, os líderes da Cáritas ucraniana chegaram a Roma. O padre Vyacheslav Hrynevych, director executivo da Cáritas Spes Ucrânia, assegurou que é difícil “imaginar neste momento” o fim da guerra e alertaou: “esta invasão não terminará com um simples acordo de paz, mas quando pudermos perdoar tudo o que nos fizeram”.
Vítimas para a vida
O responsável, em encontro com a imprensa na sede dos média vaticanos, destacou que o fim ocorrerá quando puderem “reconstruir não apenas os prédios destruídos, mas também as almas e a memória do povo ucraniano. As vítimas da guerra são para toda a vida”, segundo a Europa Press.
A Cáritas da Igreja Latina já atendeu 1.223.632 pessoas nas suas 50 localidades desde 24 de Fevereiro, quando começou a ofensiva russa.
Em relação a uma possível viagem Papal à Ucrânia, o responsável lembrou que “não é fácil visitar a Ucrânia”, pois “a situação geral pode dificultar o trabalho pela paz”.
Algo que diz em primeira mão, já que tanto Hrynevych quanto a presidente da Caritas Ucrânia –da Igreja Católica Oriental Ucraniana –, Tetiana Stavnycha, se encontraram o Papa Francisco na residência de Santa Marta.
No entanto, destacou o apoio da Santa Sé e do Pontífice “com oração, o envio dos cardeais e com pronunciamentos públicos sobre a Ucrânia”.
“Os nossos bispos e padres estão a trabalhar com a Cáritas, convertendo paróquias em centros de recolha, em armazéns de ajuda humanitária. Existe uma boa colaboração entre os voluntários da Cáritas e os bispos e sacerdotes. O Papa disse-nos que era o que queria: uma Igreja em saída”, sublinhou Hrynevych.
“O Papa abençoou o nosso trabalho, deu-nos esperança. Isso fez-nos sentir que não estamos sozinhos e essa é a mensagem mais poderosa que podemos levar até à Ucrânia”, disse. Stavnycha afirmou que “é difícil, muito difícil navegar num país sob ataque”.
“Não sabemos onde será o próximo ataque e nas áreas ocupadas é difícil garantir protocolos de segurança”, terá dito, segundo a agência de notícias.
Artigo de Mateo González Alonso, publicado a 17 de Maio de 2022.
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