Arquidiocese de Braga -
18 julho 2022
D. Nuno Almeida pede "contemplação e serviço"
DACS com Arciprestado de Famalicão
Desafio aos católicos foi feito durante a Peregrinação Arciprestal ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Lemenhe, Vila Nova Famalicão.
Encontrar “o equilíbrio necessário entre o amor a Deus e o amor aos irmãos, entre a contemplação e o serviço”, procurando “multiplicar os gestos de amor”, foi o desafio deixado a todos os fiéis na Peregrinação Arciprestal ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Lemenhe, Vila Nova Famalicão, ontem, dia 17 de julho.
O momento alto desta festa teve lugar da parte da manhã, com a Peregrinação desde a Igreja Paroquial até ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, uma longa procissão acompanhada pela fanfarra dos escuteiros e com a participação de várias paróquias do Arciprestado de Famalicão, que se fizeram representar, integrando-a com alguns símbolos e estandartes.
À chegada ao recinto do Santuário foi celebrada uma missa campal, às 11h00, presidida por D. Nuno Almeida, Bispo Auxiliar de Braga, em representação de D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz, e transmitida em direto pela TVI.
A celebração contou ainda com a presença do Arcipreste de Vila Nova de Famalicão, o Pe. Francisco Carreira, o pároco de Lemenhe, o Pe. Vítor Sá, dois diáconos permanentes, assim como de algumas entidades civis, como o Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos.
Perante um elevado número de fiéis que se quiseram deslocar ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo, D. Nuno Almeida começou por salientar que os peregrinos saboreiam “o acolhimento materno e amoroso de Nossa Senhora, num Domingo em que a hospitalidade está no centro da Palavra de Deus”.
O prelado destacou a atitude das duas irmãs de Lázaro, Marta e Maria, desafiando os presentes a deixarem-se “surpreender e encantar com Jesus Cristo que se faz próximo com toda a simplicidade e assim revela um Deus de risos e lágrimas”.
Defendeu a importância de se encontrar “o equilíbrio necessário entre o amor a Deus e o amor aos irmãos, entre a oração e a ação ou a contemplação e o serviço”, acrescentado que “Jesus não aprecia apenas a escuta de Maria nem despreza o activismo de Marta”, pois, e citando Santo Agostinho, “em Marta há uma preocupação que nasce de uma necessidade, enquanto em Maria há uma doçura que nasce do amor”.
“Com Maria, Mãe de Jesus, Nossa Senhora do Carmo, aprendemos a olhar para o alto e ao nosso redor, pois ela soube permanecer na mais alta contemplação e caminhar lado a lado com cada um. Ela ensina-nos que na nossa vida cristã a oração e acção têm de permanecer sempre profundamente unidas”, afirmou D. Nuno Almeida.
Em jeito de conclusão, e confiando a Nossa Senhora do Carmo todos os que mais sofrem, nomeadamente os doentes e os seus cuidadores, os que padecem com os efeitos da guerra, como os refugiados, sem esquecer o flagelo dos incêndios, o prelado lançou a todos um desafio : “para, escuta, olha, reza e multiplica os gestos de amor”.
Pediu ainda a intercessão de Maria para que conceda “à Igreja o dom da unidade e da paz, a graça de ser Igreja «em saída», capaz de multiplicar os gestos de amor, levando a todos a esperança, a luz e a salvação de Jesus, hóspede e peregrino pelos caminhos da vida”.
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