Arquidiocese de Braga -
3 novembro 2024
Arquidiocese de Braga rezou pelos pastores falecidos como alimento da esperança cristã
DM - Francisco de Assis
O Arcebispo Metropolita da Arquidiocese de Braga presidiu ontem, na Sé Catedral de Braga, à eucaristia em memória de Todos os Fiéis Defuntos, em especial pelos seus pastores falecidos, designadamente Arcebispos, Bispos e Capitulares. Na homilia, D. José Cordeiro salientou que a celebração dos Fiéis Defuntos alimenta a esperança cristã na vida eterna dada por Cristo ressuscitado e vivo.
A eucaristia de sufrágio foi concelebrada pelos cónegos José Paulo Abreu, Eduardo Duque, Manuel Joaquim, Luís Miguel Rodrigues e Hermenegildo Faria. Este último cantou o Evangelho.
Na homilia, D. José Cordeiro enunciou os propósitos da celebração de ontem e do dia anterior. “A Solenidade de Todos os Santos e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos interligam-se. A primeira sublinha a alegria cristã e a segunda alimenta a esperança cristã na vida eterna dada por Cristo ressuscitado e vivo”.
O Arcebispo de Braga salientou que nestes dias “tão simbólicos, milhares de pessoas visitaram os cemitérios com manifestações várias de humanidade, de religiosidade, de fé e de esperança. É muito bom cuidar das raízes que nos amparam na vida”.
Depois, o prelado falou especificamente dos pastores bracarenses, entretanto falecidos. “Aqui e agora na Sé Primaz, com o Cabido, sufragamos os Pastores de Braga: Arcebispos, Bispos, Presbíteros, Diáconos que exerceram o seu ministério no meio do Povo santo de Deus. Ao rezarmos por todos os irmãos e irmãs que adormeceram em Cristo, pedimos que, por intercessão dos santos e santas de Braga, sejam acolhidos na plenitude da luz e da paz”. Na celebração de ontem, os fiéis na Sé de Braga imploraram especialmente por todas as vítimas mortais e pelas famílias em luto, da catástrofe ambiental na zona de Valência.
Começa hoje em Braga, a Semana dos Seminários
Entretanto, começa hoje em Braga e em Portugal em geral, a Semana dos Seminários com o tópico: “E agora, Senhor, que posso eu esperar? / A minha esperança está posta em Ti” (Sl 39, 8).
Na homilia, D. José frisou que o título atribuído ao salmo 39 – enigma e brevidade da vida – refere-se a uma súplica onde se descreve a experiência de dor, retirando a dedução de que a vida é excessivamente transitória sem cair no pessimismo. “O olhar fixo em Jesus abre alicerçada esperança, porque «aqueles que esperam no Senhor, caminham sem se cansar”.
E D. José Cordeiro citou a encíclica “Gaudium et Spes” [As alegrias e as esperanças] para fundamentar a sua intervenção.
“A alegria e a esperança, o luto e a angústia dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também a alegria e a esperança, o luto e a angústia dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração”.
Memória e gratidão aos Arcebispos falecidos
No respeito pela tradição, no final da celebração, D. José Cordeiro, acompanhado dos outros cónegos celebrantes e o povo, cumpriu a tradicional procissão pelos claustros da Sé, com romagem ao Altar das Almas, onde rezou por todos os falecidos, e à capela onde estão sepultados os Arcebispos de Braga.
Antes, o cónego José Paulo Abreu tomou a palavra para explicar a romagem sobretudo à Capela dos Arcebispos. O Deão da Sé de Braga considerou que é uma questão de “justiça e de gratidão” rezar pelas almas destes Bispos, Arcebispos e capitulares. Afinal, trabalharam e ajudaram a construir a Igreja de Braga».
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