Arquidiocese de Braga -
23 dezembro 2025
Investimento na Basílica de S. Pedro valoriza património mundial de Guimarães
DM - Joaquim Martins Fernandes
Sinos voltaram ontem a ressoar no templo emblemático da “cidade-berço”, que vai continuar com obras de requalificação
O juiz da Irmandade do Príncipe dos Apóstolos São Pedro, Padre José Silvino, destacou ontem o contributo das obras em curso na Basílica de São Pedro, no Largo do Toural, em Guimarães, para a dignificação do património mundial da cidade. A primeira fase dos trabalhos, que ontem foi inaugurada, possibilitou que os sinos da igreja mais emblemática da “cidade-berço” voltassem a tocar.
A intervenção, que foi realizada numa casa especializada de Braga, consistiu no restabelecimento do funcionamento regular do mecanismo do relógio dos sinos, que voltaram a tocar antes da missa da 11h de ontem, que se seguiu ao momento simbólico de inauguração das obras iniciadas no passado dia 2 de dezembro e no âmbito das quais será ainda realizada a recuperação integral do quase secular mecanismo do carrilhão do relógio.
Ainda em fase de reparação na “cidade dos arcebispos”, o carrilhão vai ficar exposto na entrada de acesso à torre sineira, assim que regressar a casa, revelou ontem o Padre José Silvino. Conforme destacou na intervenção proferida à entrada da Basílica, momentos antes do início da eucaristia dominical, os trabalhos «vão continuar por mais algum tempo», para que possam ser resolvidos alguns problemas que subsistem na torre e no lado poente do templo, que passou a Basílica em 1751.
O também reitor da Basílica de São Pedro destacou ontem a importância dos apoios financeiros da Câmara Municipal de Guimarães e de muitos cidadãos anónimos e empresas.
«Esta intervenção de reabilitação era absolutamente premente. Arrastou-se ao longo dos anos, mas agora foi possível avançar após a Câmara Municipal ter-nos doado a máquina do relógio», recordou José Silvino, manifestando contentamento por, «finalmente, poder devolver-se à comunidade o relógio em funcionamento». É que quer a igreja de São Pedro enquanto templo, quer a Igreja enquanto Povo de Deus precisam do toque dos sinos, até porque trata-se de uma Basílica que «faz parte da cultura da cidade», vincou o sacerdote, deixando claro que «Guimarães precisa da Basílica de São Pedro e a Basílica precisa de Guimarães».
O juiz da Irmandade do Príncipe dos Apóstolos São Pedro fez também saber que , além do investimento em curso na torre e no relógio, está a ser equacionado o avanço de outras intervenções de reabilitação, nomeadamente a iluminação interior e exterior da Basílica, para que seja «adequada à importância» da envolvente, que é Património da Humanidade.
Perante uma plateia que contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Braga, da vereadora da Ação Social, Paula Oliveira, e do deputado do PSD, Ricardo Araújo, o reitor José Silvino deu conta que falta ainda realizar duas fases da empreitada. Depois da conclusão das obras da primeira fase – remoção da antiga máquina do relógio, à reparação dos mostradores e sinos e limpeza da fachada –, a segunda fase, já em curso, contempla o interior da torre, nomeadamente a colocação de estruturas de acesso para manutenção. Nesta fase são também realizados trabalhos não previstos e que se revelam «absolutamente necessários». Para a fase final da intervenção vai ficar a exposição do carrilhão, que é um equipamento «notável» e que conta 86 anos.
Partilhar