Arquidiocese de Braga -

10 setembro 2024

Cáritas Braga acolheu 109 vítimas de violência doméstica em meio ano

Fotografia krakenimages.com on Freepik

Cáritas Arquidiocesana de Braga

Janeiro, fevereiro e maio foram os meses em que o serviço acolheu mais pessoas

No primeiro semestre deste ano a Resposta de Acolhimento de Emergência para Vítimas de Violência Doméstica, da Cáritas de Braga recebeu um total de 109 vítimas de violência doméstica. 

Segundo a Cáritas de Braga, «deste número, 32 dizem respeito a crianças e jovens menores de idade que acompanham as mães vítimas de violência doméstica. Janeiro, fevereiro e maio foram os meses em que o serviço acolheu mais pessoas, contabilizando-se 67 casos só nesses  três meses».

 «As vítimas acolhidas na resposta de emergência apresentam um grau de vulnerabilidade acrescido, necessitando de um espaço seguro e confidencial para a reorganização do seu projeto de vida», afirma Raquel Gomes, responsável pelas respostas de apoio à vítima da Instituição.  

 Além do acolhimento residencial, a Cáritas Braga disponibiliza outros serviços junto das vítimas de violência doméstica, nomeadamente o Espaço Igual | Estrutura de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, para atendimento e acompanhamento individualizado e personalizado de todas as vítimas que necessitem de apoio.

No total, 126 vítimas foram acompanhadas durante o primeiro semestre deste ano, resultando em 671 atendimentos de apoio jurídico, psicológico e social. 

Raquel Gomes, afirma que «a maioria das vítimas relata ser alvo de várias formas de violência, com uma prevalência significativa da violência física, verbal e psicológica.  

A Cáritas de Braga disponibiliza também uma Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens (RAP), uma vez que no caso das crianças e jovens, a violência psicológica é a mais expressiva, «frequentemente devido à exposição a contextos familiares violentos».

 

 

Resposta de Apoio Psicológico acompanhou 49 crianças

Neste primeiro semestre, foram acompanhadas nesta RAP 49 crianças e jovens, num total de 264 atendimentos psicológicos realizados. 

«Este serviço é fundamental para apoiar as vítimas mais jovens e ajudar a mitigar o impacto da violência experienciada», acrescenta Raquel Gomes.   

A responsável destaca ainda que «as vítimas que recorrem ao Espaço Igual tendem a estar cada vez mais informadas sobre os seus direitos, o que leva a uma procura mais imediata dos serviços de apoio. Esta evolução reflete a crescente capacitação da comunidade para a necessidade de denunciar o crime de violência doméstica».

 Raquel Gomes salienta também a importância do trabalho em rede, vincando que neste contexto, é essencial o papel das diversas instituições, nomeadamente da justiça, segurança, apoio social e proteção de menores, cujo trabalho conjunto é fundamental para uma intervenção integrada e eficaz no combate e prevenção deste fenómeno».

A responsável destaca ainda que «as vítimas que recorrem ao Espaço Igual tendem a estar cada vez mais informadas sobre os seus direitos, o que leva a uma procura mais imediata dos serviços de apoio. Esta evolução reflete a crescente capacitação da comunidade para a necessidade de denunciar o crime de violência doméstica».

Salienta também a importância do trabalho em rede, vincando que «neste contexto, é essencial o papel das diversas instituições, nomeadamente da justiça, segurança, apoio social e proteção de menores, cujo trabalho conjunto é fundamental para uma intervenção integrada e eficaz no combate e prevenção deste fenómeno». 

O primeiro trimestre deste ano foi, contudo, marcado pela ausência de financiamento comunitário, o que colocou desafios significativos ao funcionamento das estruturas de apoio. Perante esta situação, a Cáritas Braga assumiu integralmente o financiamento das respostas, garantindo que nenhuma vítima permanecesse sem o apoio necessário.  

Apesar dos desafios, Raquel Gomes reforça a importância de continuar a investir na prevenção da violência e na criação de sociedades mais igualitárias e inclusivas.