Arquidiocese de Braga -
14 fevereiro 2025
“Colar do amor” sensibiliza contra violência doméstica
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DM - Francisco de Assis
A Iniciativa do Tesouro-Museu da Sé de Braga visa ajudar a Cáritas Arquidiocesana
Em vésperas do Dia dos Namorados, o Tesouro-Museu da Sé de Braga lançou mais uma campanha solidária para ajudar na construção do novo centro de acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica, um projeto da Cáritas Arquidiocesana de Braga. Assim, através do “Colar do Amor, da designer Irina B, pode-se, por um lado, ajudar a sensibilizar contra a violência doméstica e, ao mesmo tempo, contribuir para a causa nobre.
A apresentação decorreu ontem, numa sessão que contou com a presença do cónego José Paulo Abreu, Deão do Cabido da Sé de Braga, Catarina Saavedra, do Tesouro-Museu da Sé, a artista Irina B; Raquel Gomes, coordenadora do gabinete de apoio à violência doméstica da Cáritas de Braga; e do agente da PSP de Braga,Álvaro Vila Verde, elementos que participaram depois na tertúlia com o tema “A Violência no Amor”.
O cónego José Paulo Abreu abriu a sessão agradecendo à artista, pela peça que exprime o “melhor dos sentimentos”, que é o amor, desejando que a campanha solidária tenha efeitos se sensibilização coletiva, para minimizar os números drásticos de violência doméstica.
O Deão da Sé de Braga saudou a Cáritas de Braga pelo trabalho que faz em prol daqueles que mais precisam. “Nós, Tesouro-Museu da Sé, somos acolhimento, somos Igreja. Tudo o que é estender a mão ao próximo é causa nossa”.
Quanto à artista, preferiu sobretudo agradecer a confiança e a oportunidade de mostrar o trabalho. Ainda assim, Irina B espera que a peça, que simboliza o amor, a união e a esperança, represente a esperança para todos aqueles que sofrem, em nome do amor.
A peça de bijuteria custa 20 euros e 15% da receita reverte para a construção do centro de acolhimento de emergência para vítimas de violência doméstica, que a Cáritas Arquidiocesana de Braga pretende construir.
Braga num pódio indesejado a nível nacional na violência doméstica
Por seu turno, Raquel Gomes, agradeceu o gesto de carinho e de solidariedade que o Tesouro-Museu da Sé de Braga lhe tem dedicada, ajudando-a a cumprir os seus compromissos para tantos que precisam.
Na tertúlia e ao Diário do Minho, Raquel Gomes falou do trabalho da Cáritas em Braga, dos serviços prestado às vítimas de violência doméstica.
E apresentou números dramáticos que justificam essa pretensão de construir o lar de acolhimento de emergência.
De acordo com esta responsável, Braga tem estado invariavelmente entre o segundo e o terceiro lugar a nível nacional, como dos concelhos com mais denúncias de violência doméstica. Ainda segundo Raquel Gomes, até ao momento, a casa de acolhimento, que tem capacidade para 25 pessoas, já colheu cerca de 800 mulheres e crianças.
Por seu vez, o agente Álvaro Vila Verde deu conta das sucessivas campanhas que a PSP de Braga tem feito nas escolas, inclusivamente com uma peça de teatro dos alunos da Escola Alberto Sampaio.
Para este agente, a causa principal deste flagelo está na falta de educação, mas e dos valores, que não são incutidos pelas famílias, cada vez mais incapazes de controlar os filhos.
Recordou que a violência doméstica é hoje um crime público, que deve ser denunciado por qualquer cidadão. A peça pode ser adquirida na Loja do Tesouro-Museu da Sé e no atelies de Cristina Irina B.
De salientar, a título de curiosidade, que a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, adquiriu um colar para ajudar na sensibilização.
“Que este colar seja o guardião do amor verdadeiro e com que com ele, todas as vítimas de mais tratos possam voltar a sorrir e a acreditar que é possível amar e ser amado”.
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